05/05/2015

Resenha: Sagrados Corações

Título: Sagrados Corações
Título Original: Sacred Hearts
Autora: Sarah Dunant
Editora: Record
Páginas: 448
Ano: 2015
Classificação: 5/5

Sinopse: O ano é 1570. Na cidade italiana de Ferrara, o Convento de Santa Catarina recebe Serafina, uma jovem de 16 anos enviada pela família para uma vida de reclusão. Separada do homem que ama, Serafina reage ao exílio no convento com revolta, e sua primeira noite como noviça é marcada por uma demonstração de fúria tão violenta que a freira responsável pelo dispensário se vê obrigada a sedá-la. Conforme a jovem segue protestando contra seu encarceramento, a paz das religiosas é ameaçada e rebeliões começam a ser deflagradas. Paralelamente, fora dos muros do convento, os preceitos da Contrarreforma passam a impor um regime opressivo que coloca em risco o pouco da liberdade conquistada pelas freiras; mas o espírito de resistência de Serafina se fortalece, e o fogo que ele produz ameaça consumir tudo e todos que a cercam.
"Qual a idade dela? Quinze? Talvez dezesseis? Jovem o suficiente para ter uma vida pela qual ansiar. Com idade razoável para saber quando ela está sendo interrompida. O que a Madre Superiora lhes dissera quando a aceitaram? Que vinha de uma família nobre de Milão com importantes conexões de negócios com Ferrara, ávida por mostrar lealdade à cidade ao entregar a filha a um de seus grandes conventos: uma criança pura, educada com o amor de Deus, com a voz de um rouxinol. Infelizmente ninguém julgou conveniente mencionar os uivos de um lobisomem."
A jovem Serafina foi separada contra sua vontade de tudo e todos que conhecem. Foi separada do seu grande amor. Enviada para o Convento de Santa Catarina em Ferrara, ela reage com fúria. Na sua primeira noite, a freira boticária precisou sedá-la para acabar com os gritos e, principalmente, com os uivos. Porque uma das coisas que Serafina mais fez durante aquela noite foi uivar. Os dias vão se passando e a jovem continua lutando contra seu exílio e acabando com a paz das outras freiras. Sabendo que Serafina e a freira boticária, Zuana, estabeleceram uma conexão na primeira noite da noviça, a Madre Superiora solicita que ela seja apresentada ao Convento e que ajude Zuana na botica. Um pedido que Zuana acata mesmo contra sua vontade. A freira boticária e a Madre Superiora esperam que, tendo algo para fazer, ela melhore o comportamento e se acostume com a vida no Convento. E isso acontece. De um dia para o outro, a noviça Serafina passa a ser uma pessoa mais agradável e até a cantar no coro do Convento. Mas será mesmo que a jovem desistiu de seu grande amor? Será que toda aquela revolta terminou? Bom, isso vocês só vão saber lendo.

Confesso que eu sabia que seria surpreendida por Sagrados Corações. A sinopse foi o que mais me fez querer ler e, quando chegou, fui surpreendida ainda mais pela história. Os personagens foram muito bem construídos e você consegue perceber uma pequena loucura em cada um deles. Isso, pra mim, foi fantástico! A noviça Serafina é uma das personagens centrais do livro, mas a história não é só sobre ela. A autora definiu uma história para várias freiras e dessa forma a história não fica tão centrada em uma só pessoa e, dessa forma, a história fica ainda mais interessante.

E por mais que tenha sido uma leitura excelente e enriquecedora, eu não poderia deixar de dizer que foi bastante lenta. O livro não me prendeu do início ao fim. Confesso que foi no meio do livro que eu fiquei bastante curiosa e não consegui parar a leitura. De toda forma, foi uma leitura que valeu a pena e eu recomendo para quem gosta de romances de época e tem interesse em saber um pouco mais sobre a vida de um Convento na época da Contrarreforma. Não esquecendo de lembrar que grande parte da história é fictícia, mas temos uma parte real que é bastante interessante. Eu espero verdadeiramente que leiam e que gostem.

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