04/03/2017

Resenha: Perdidos por aí

Título: Perdidos por aí
Título Original: Let's Get Lost
Autor: Adi Alsaid
Editora: Verus Editora
Páginas: 294
Ano: 2015
Classificação: 4/5

Sinopse: Quatro jovens ao redor do país têm apenas uma coisa em comum: uma garota chamada Leila. Ela entra na vida de cada um com seu carro absurdamente vermelho no momento em que eles mais precisam de alguém. Entre eles está Hudson, mecânico em uma cidadezinha, que está disposto a jogar fora seus sonhos de amor verdadeiro. E Bree, uma garota que fugiu de casa e curte todas as terças-feiras — além de algumas transgressões ao longo do caminho. Elliot acredita em finais felizes... até sua vida sair totalmente do script. Enquanto isso, Sonia pensa que, quando perdeu o namorado, também perdeu a capacidade de amar. Hudson, Bree, Elliot e Sonia encontram uma amiga em Leila. E, quando ela vai embora, a vida de cada um deles está transformada para sempre. Mas é durante sua própria jornada de quase sete mil quilômetros através do país que Leila descobre a verdade mais importante: às vezes, aquilo de que você mais precisa está exatamente no ponto onde começou. E talvez a única maneira de encontrar o que você está procurando seja se perder ao longo do caminho.


Resenha: Sabe aquele quando você lê uma sinopse e pensa: Esse livro é pra mim? Foi exatamente assim que me senti ao ler a sinopse de Perdidos por aí. Fiquei super ansiosa para ler, já com a certeza de que iria adorar. Não posso cometer o crime de dizer que foi a leitura mais decepcionante, mas esperava bem mais da história. Leila é aquela jovem que todo mundo sonha ser (até mesmo eu, a exceção). Ela é alto-astral, divertida, companheira e, sobretudo, muito intensa. O livro é dividido em quatro partes, cada uma delas dedica aos jovens que se encontram com Leila. Em sua primeira parada, Leila conhece Hudson. Ele é mecânico, trabalha com o pai e está prestes a fazer a entrevista mais importante de sua vida. Hudson e Leila criaram um vínculo ao se conhecerem. Vínculo que até agora é uma incógnita pra mim. O relacionamento dos dois não me convenceu nem um pouco, achei muito irrelevante. Algo que marca o casal é a decepção, quando ficamos decepcionados com alguma coisa ou alguém, toda uma magia pode se apagar. É triste, mas é comum acontecer.

A segunda personagem, Bree, é uma das favoritas. Tão intensa quanto Leila, ela fugiu de casa e agora vive sozinha no mundo. Mas Bree já foi feliz, antes de seus pais morrerem e ela precisar morar com a irmã mais velha. Fiquei completamente fascinada pela história da garota e torci demais para que as coisas se acertassem em sua vida. É tão cheia de dramas, mas tão envolvente que não consegui parar de ler. Em alguns momentos as ousadias delas me deixavam com raiva, mas logo passava e me fazia querer mais. Elliot é o terceiro jovem que acaba se encontrando com Leila. A história dele foi a mais melancólica possível. Apaixonado pela melhor amiga, ele decide se declarar, mas a paixão não é recíproca e ele acaba sendo dispensado. Leila então resolve ajudá-lo a mostrar para sua amiga/possível namorada que vale a pena sim, os dois ficarem juntos. A história não me atraiu muito assim, acabei torcendo é que os dois tomassem chá de semancol para ver se desconfiavam. Quando o amor não é recíproco, não adianta insistir, o melhor é partir pra outra.

A última história, da Sonia, também não foi nada envolvente. A personagem perdeu o namorado alguns meses atrás e se sente culpada por estar se envolvendo com outro rapaz. Acaba que ela e Leila arrumam uma confusão ao saírem do país e tentam a todo custo voltar a tempo do casamento da irmã do falecido namorado (por uma infelicidade, Sonia está com as alianças do casamento).

Como eu disse, de quatro histórias paralelas, me interessaram somente duas. Uma nem tanto, a outra bastante. O livro é bom, mas eu esperava mais. Também é citado a história da Leila e de toda essa jornada em busca da aurora boreal, mas os motivos não me convenceram tanto assim. No final, acabei achando a história muito simples, com alguns momentos marcantes. Dei quatros estrelas pra ele no Skoob e fico pensando o quanto a história foi mal desenvolvida, tinha tudo para dar certo, mas acabou que seguiu por um caminho que não me agradou muito.

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